sábado, 17 de agosto de 2013

CULTURA | Lancha «Espalamaca» continua abandonada

A «triste agonia» da lancha «Espalamaca» foi a expressão escolhida por Pierre Sousa Lima para destacar no Facebook o estado de abandono em que se encontra a menina dos olhos da Empresa de Lanchas do Pico, que deixou de navegar há mais de uma década


Lancha «Espalamaca» nos estaleiros da Madalena, em agosto de 2013 
[fotografia de Pierre Sousa Lima]




























Num artigo publicado na página «Açores Global», de que é um dos administradores, Sousa Lima diz-se revoltado por «assistir», sempre que se desloca à ilha do Pico, à «morte lenta daquela lancha no estaleiro da Madalena», que o autor do texto afirma se ter transformado «num autêntico cemitério de embarcações».

Este ativo cibernauta publicou juntamente com o referido texto, a 15 de agosto de 2013, diversas fotografias [entre elas a que aqui se reproduz] que «ilustram» a situação denunciada, incluindo algumas da lancha «Calheta», com igual sorte.

Pierre Sousa Lima lembra uma resolução do parlamento açoriano, publicada a 30 de julho de 2012 no Jornal Oficial, que recomenda ao governo regional «a elaboração e apresentação de um estudo, no prazo de 60 dias, sobre a viabilidade da recuperação e reutilização» da «Espalamaca». O objetivo era recuperar «um pedaço da história do empreendedorismo» e da «superação das dificuldades de outrora».

Na mesma linha, o administrador da página «Açores Global» cita o manifesto eleitoral do PS-Açores para as eleições legislativas regionais de há um ano: «Implementar o Núcleo do Museu de Construção Naval em Santo Amaro e concluir o estudo sobre a viabilidade da recuperação e reutilização da lancha Espalamaca».

A «Espalamaca» é «uma das embarcações mais emblemáticas do transporte de passageiros no Triângulo durante o século XX», escreve Sousa Lima, recordando a sua entrada em funcionamento na década de 50 e sua vida ativa de 40 anos.