quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CULTURA | Cabo submarino faz 120 anos

O Grupo dos Amigos da Horta dos Cabos Submarinos promove amanhã uma jornada de comemoração do lançamento do primeiro cabo, na praia da Conceição

Foi há 120 anos. Esta iniciativa surge no momento em que os antigos «cabografistas» dão por concluída o que consideram ser a primeira fase do movimento de reabilitação da memória e do património desse tempo.

O contributo do trabalho realizado nos últimos quatro anos por este denominado movimento cívico pode resumir-se no resgate do esquecimento, na sociedade e nas instâncias políticas, da importância histórica do tempo dos cabos submarinos e na recuperação de diferentes tipos de património, especialmente tecnológico, de telegrafia submarina.

No dia de amanhã, principalmente durante um colóquio, deverão ficar definidas as linhas de atuação futuras do movimento, que tem o suporte da Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta. Em causa está nomeadamente o destino a dar à Trinity House, que o governo anterior destinou exatamente para ser ocupada pelo museu do cabo submarino, onde poderá vir a ser instalada uma exposição do equipamento, agora recuperado, e que foi utilizado durante anos naquelas próprias instalações.

Há 120 anos o cabo foi lançado nos Açores para resolver o abandono em que se encontravam as comunicações com o arquipélago. A partir daí assistiu-se ao crescimento do número de cabos, que chegou a 15, com uma diversidade de destinos assinalável.


Cabo submarino «amarrado» na praia da Conceição, na Horta, há 120 anos 
[fotografia: direitos reservados]


[Escrito por Rui Gonçalves e publicado na edição do jornal Incentivo de quinta-feira, 22 de agosto de 2013]