sexta-feira, 30 de agosto de 2013

SOCIEDADE | Subida ao vulcão dos Capelinhos sem condições de segurança

A instabilidade geológica e a consequente diminuição das condições de segurança determinaram a supressão da subida ao vulcão dos Capelinhos da rota turística pelos principais 10 vulcões da ilha do Faial

A decisão, que visa salvaguardar a segurança dos pedestrianistas, resulta da instabilidade geológica do vulcão dos Capelinhos, que pode pôr em causa, sem que haja acompanhamento adequado, a segurança absoluta na sua visitação, informa o jornal digital Açores 24 horas.

A proibição da subida ao vulcão dos Capelinhos, decidida pelos responsáveis do Parque Natural do Faial, entidade a cargo de quem está a gestão deste circuito, faz diminuir em 4 quilómetros a extensão do Trilho dos 10 Vulcões, que é agora de 22,5 quilómetros.

Recorde-se que, em tempos, o faialense, especialista em vulcanologia, Victor Hugo Forjaz, defendeu a necessidade de vedar o acesso ao vulcão para evitar a aceleração da erosão.

SOCIEDADE | Cidadãos alertam para a concentração de serviços médicos em São Miguel

O governo regional quer centralizar serviços de saúde na ilha de São Miguel. O alerta é do primeiro subscritor de uma petição contra a proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde. Governo avança com nova versão no próximo domingo

«Há um esvaziamento das especialidades, algumas delas já em funcionamento, nos hospitais da Terceira e da Horta», disse Carlos Vouzela à saída de uma audiência na Comissão de Assuntos Sociais do parlamento açoriano. Este professor na Universidade dos Açores garantiu aos deputados que a petição, assinada por mais de 1.800 pessoas, não se baseia em «bairrismos inúteis», mas na preocupação com a possível centralização de serviços numa só ilha.

Os peticionários temem que a reestruturação faça com que o acompanhamento médico não seja o adequado fora da maior ilha dos Açores e que a concentração de especialidades em São Miguel crie «uma dificuldade económica a todos os acompanhantes dos doentes que se têm de deslocar para uma ilha mais distante, com a qual não têm grande familiaridade».

Carlos Vouzela salientou que a proposta «não é sustentada por um estudo económico credível» e que os rácios apresentados como justificação não se adequam à realidade do arquipélago. «É tão caro trazer um doente da Terceira para São Miguel, como de São Miguel para a Terceira», frisou, acrescentando que as medidas terão também impacto na economia das outras ilhas.

O primeiro subscritor da petição lembrou também o investimento realizado recentemente na construção do Hospital da Ilha Terceira e em obras no Hospital da Horta. «Determinadas estruturas, extremamente pesadas, em que já se gastou o dinheiro da população», ficarão «vazias e sem qualquer funcionalidade», avisou.

A proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde do governo regional esteve em discussão pública e a nova versão será apresentada no próximo domingo.

[Fonte: Agência Lusa]