terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SOCIEDADE | Mau tempo provoca estragos no Pico

A forte ondulação dos últimos dias destruiu zonas balneares e danificou algumas adegas e casas de veraneio na costa nordeste da ilha do Pico

Bem visível um buraco numa adega da zona balnear da Ribeirinha do Pico [fotografia de Célia Machado]


Segundo explicou o diretor regional dos Assuntos do Mar as freguesias da Piedade, Ribeirinha e Prainha foram as mais afetadas. "Estamos a avaliar os estragos para determinar o que é que será recuperável, mas ainda não temos uma estimativa dos custos", sublinhou Filipe Porteiro, que se encontra no Pico a inteirar-se da dimensão dos prejuízos.

Há estruturas, como os balneários da zona de veraneio da Ribeirinha, no concelho das Lajes do Pico, que "não devem ser reconstruídos no mesmo local, porque já se percebeu que podem ser danificados pelo mar", afirmou o diretor regional. Filipe Porteiro recusou, no entanto, a ideia de que algumas das construções estejam demasiado perto da costa, recordando que os moradores garantem nunca terem visto o mar tão próximo das habitações.

O Governo Regional dos Açores está a efetuar um levantamento dos estragos provocados pelo mau tempo também nas ilhas de São Miguel, Terceira, Graciosa e São Jorge.

[Fonte: Agência Lusa]

SOCIEDADE | Faial com o pior tempo do país

A meio da tarde de hoje (16 horas) a ilha do Faial era o lugar mais frio de Portugal

Caldeira, Faial: às 10h17 da manhã de hoje, zero graus de temperatura a uma altitude de 900 metros


A informação meteorológica avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na observação do tempo presente, às 17 horas do continente, indicava que a temperatura na ilha do Faial, registada pelo Obsevatório Príncipe Alberto do Mónaco, situado no Monte das Moças, na cidade da Horta, atingia 9.1 graus; o vento soprava de norte a 32.4 km/h; a humidade estava a 68% e a precipitação era de 0.4 mm.

Comparando os valores apresentados pelas restantes estações do país o Faial era, às 16 horas dos Açores, o lugar mais frio de Portugal. A temperatura mais próxima dos 9.1 graus registados nesta ilha foi assinalada em Ponta Delgada (10.3). Nas Flores estava 10.5 graus. No Funchal e em Porto Santo pode dizer-se que se sentia algum calor tendo em conta a época do ano (17.7). No continente, Aveiro também beneficiava de uma temperatura amena (15.5), que era a mais alta de Portugal continental. Curiosamente nas habitualmente frias Bragança e Vila Real a temperatura situava-se em valores superiorees ao da Horta: 10.7 e 10.9, respectivamente.

Quanto ao vento, soprava mais fraco do que no Faial em todo país, à excepão das Flores onde o valor era igual ao registado na estação faialense. Também só havia registo de chuva no Faial e nas Flores.

No que respeita à humidade parecia haver uma troca entre a Horta e Lisboa, pois na capital o respectivo valor estava bem alto (95.6), número que bem conhecemos!

Ou seja: hoje, pelo menos, somos campeões de invernia.

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A câmara fotográfica do observador meteorológico faialense António Maia registou na manhã de hoje o aspecto do Cabeço Gordo, o ponto mais alto da ilha do Faial
























Não foi, até agora, o nevão que se esperava, mas o ponto mais alto da ilha do Faial voltou a mostrar os seus "cabelos brancos". Um espetáculo que, pela sua raridade entre nós, desperta sempre muita curiosidade.

Entre as pessoas que estiveram no Cabeço Gordo nas últimas horas e que já reportaram no Facebook a queda de neve no ponto mais alto do Faial, encontrava-se o observador meteorológico faialense António Maia.

"Esta manhã no Cabeço Gordo estava fresquinho fresquinho! Não houve condições para muita precipitação por isso o branco escasseava, mas lá aparecia de vez em quando, mais aqui, do que ali, e sempre durante pouco tempo. Provinha sobretudo de granizo miúdo com chuva mas pontualmente vi cair alguma neve com chuva", descreveu António Maia num e-mail que pôs a circular na Internet.

Os dados meteorológicos e geofísicos e a hora em que foram registados no Cabeço Gordo por António Maia
























Se no Faial a queda de neve é uma festa, já no Pico nem tanto, pois o véu branco que acompanha a chegada do frio é uma constante. Mesmo assim, a curiosidade sai à rua e os registos fotográficos aparecem.

Estrada longitudinal do Pico, fotografada por Vasco Paulus
























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O anunciado nevão que deverá atingir os Açores nas próximas horas está a provocar algum frenesim

A 27 de fevereiro de 2010 era este o aspecto da borda da Caldeira, no Faial, já durante a tarde desse dia




Quando cai neve no arquipélago dos Açores, se não houver vítimas humanas nem materiais, é quase uma festa! Habituados que estamos, por vezes mesmo em plena época invernosa, ao tempo mole de sul, é natural que, quando o vento vira e nos provoca a agradável sensação de sentir um ar seco, fiquemos de ânimo leve. E se o vento do quadrante norte vem acompanhado de neve, tão invulgar nestas ilhas - tirando a que pousa no altaneiro Pico -, então há motivos para festejar, como quem saúda uma visita curta, rara e bem-vinda.

Os grupos dedicados à meteorologia estão animados nas redes sociais, nomeadamente no Fcebook e aposta-se mais do que a informação oficial.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para hoje "aguaceiros, que poderão ser de neve acima dos 800 metros". No entanto, os curiosos da meteorologia falam de uma massa de ar frio que chegará aos Açores com mais força do que se pensava. Há quem aponte para a ocorrência de neve acima de 350 metros, uma fasquia bem abaixo do limite estimado pelo IPMA.

O grupo "Amigos da Meteorologia dos Açores em reunião com os administradores" consideou existirem razões para um "alerta laranja para temperatura abaixo da média" já no início da amdrugada de hoje e até quarta-feira. "Espera-se que com a chegada em força da massa de ar polar, as temperaturas à cota de 600 metros possam atingir 2º C", lê-se no grupo de Facebook "Amigos da Meteorologia dos Açores".

Recomendações

Segundo o mesmo grupo de cibernautas interessdos na meteorologia devem ser tomadas, em face da previsão do tempo, as seguintes precauções: verificação das condições de segurança dos equipamentos de aquecimento, que não devem ser postos a funcionar em caso de dúvida; uso de roupas folgadas e calçado adequados à temperatura ambiente, protegendo as extremidades e evitando roupas justas, porque dificultam a circulação sanguínea; uso de várias camadas de roupa, de algodão e fibras naturais, em vez de uma peça muito grossa; proteção das crianças e dos idosos. E, naturalmente, muita atenção na circulação automóvel.